Avaliação do Aterramento de Usinas de Energia Solar
- ETC Energia
- 24 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 6 de jun. de 2024
A crescente adoção de usinas fotovoltaicas como fonte de energia traz à tona a necessidade de garantir a segurança e a eficiência dos sistemas de aterramento.
A execução de um sistema de aterramento, por si só, não assegura que as correntes resultantes de uma falha elétrica sejam dispersadas de maneira segura para o solo.
Para que seja garantida a segurança das pessoas e equipamentos sensíveis a sobretensões, deve-se realizar a avaliação do desempenho do projeto de aterramento, utilizando modelos geoelétricos do solo e simulações dos potenciais por softwares especializados.
Esse post irá abordar de forma resumida os 5 principais passos do processo de validação de um projeto de aterramento:
1. Coleta de Dados:
Resistividade do Solo: Realiza-se uma análise preliminar do solo da usina para determinar sua resistividade através de Sondagens Elétricas Verticais (SEV). A norma NBR 7117 estabelece os requisitos para medição da resistividade e determinação da estratificação do solo. Nesse processo é empregado o equipamento terrômetro (ou resistivímetro) de 4 hastes através do arranjo de Wenner.


Corrente de falta: A corrente crítica para a UFV é a de falta para a terra no barramento de média ou alta tensão pois é a corrente que vai fluir para o solo e que vai gerar gradientes de elevação de potenciais no solo (tensões de passo e de toque). Essa informação é obtida através dos Dados de Curto fornecidos pela Distribuidora de Energia.

2. Criação do modelo Geoelétrico do Solo
Com os dados de resistividade coletados, cria-se um modelo do solo que será usado na simulação.

3. Simulação
Utiliza-se software especializado para simular a performance do sistema de aterramento com base no modelo criado. O software calcula a elevação dos potenciais da malha e as tensões admissíveis de passo e toque. Existem dois tipos de softwares, um para malha de condutores ideais e outro para condutores reais (malha não equipotencial).



4. Análise dos Resultados
Avalia-se se os valores de resistência de aterramento e tensões de passo e toque estão dentro dos limites aceitáveis considerando que o acesso de pessoas na usina deve ser realizado com os EPIs adequados, como por exemplo bota de uso de eletricista.
5. Ajustes e Recomendações
Se necessário, ajustam-se os componentes do sistema de aterramento como o anel de aterramento, reticulado e interconexões da malha, hastes e atém mesmo o uso de brita para otimizar a segurança. Geralmente um dos pontos críticos é o cercamento e como recomendação básica, preferencialmente esta deve estar isolada do restante da usina além de que em sua extensão devem conter pontos de seccionamento e sinalização com placas de risco de choque elétrico.
Conclusão
A validação do desempenho do aterramento de usinas fotovoltaicas através de modelos geoelétricos do solo e simulações por software é uma abordagem robusta que garante a segurança e eficiência do sistema de aterramento das instalações da usina.
Entre em contato com a ETC Energy para solicitar a avaliação do projeto de aterramento de sua usina.
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